segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sometimes I hate the life I made/Everything's wrong everytime. (KoRn)

Às vezes acho que sou uma falha imensa. Não conseguir fazer coisas que eu almejo pro meu dia a dia já me faz pensar que o resto do mês dará errado. Posso dizer que nesses últimos anos estou tendo os polos de como a vida pode ser boa e ruim de um dia para o outro.  - No começo do ano já tive uma grande decepção que fez com que mudasse todos os meus planos -, até aí tudo bem, parecia que tudo daria certo, mas não, nada mais dará certo! As mudanças de planos não são ruins desde que sejam concisas e arquem com todas as consequências da atual escolha. Ficar mudando de opinião para não arcar com os problemas que a seguem é a maior fraqueza do ser humano acomodado por natureza.
Agora tudo que acontece é assim: uma coisa ruim mas que poderia ser resolvida com um pouco de trabalho já parece difícil demais e praticamente impossível... Tudo isso porque uma única pessoa (que nunca foi só uma pessoa pra mim) não está mais aqui!
Parece que tudo está dando errado desde então, a família inteira perdeu o controle e não entende mais os limites da vida. Digo sem nenhuma dúvida que estou presa em um manicômio dentro da minha própria casa, que agora realmente é só uma casa, há mais de um ano isso aqui não é um lar pra nenhum de nós. As pessoas que dizemos ser “família”, que deveriam ser ‘por nós’ e nos ajudar tem sido as que mais prejudicam. Vivo em um mundo de picuinhas e mudanças bruscas de opinião, onde um só está bem com o outro se está falando mal desse primeiro. INFERNO!
E ainda tem a questão de tudo ser por minha culpa, tudo ser definitivamente por culpa do nascimento e formação da atual Giulia. As pessoas não me tratam mais como tratavam, eu não sou mais suficientemente capaz de amar essas pessoas como amava anos atrás. Tudo agora se resume em estudar e me esforçar todos os dias para passar em uma boa universidade e sumir de vez desse lugar, seguir minha vida, ter de resolver os meus problemas e de uma vez por todas, ser feliz!
Se eu não entrar no meu quarto e colocar música na maior altura em meus ouvidos por alguns instantes durante o dia, tenho certeza que meus pensamentos me matam! Tinha muito tempo que não me sentia tão ruim assim, eu cheguei a acreditar que as coisas dariam certo pra mim e que as pessoas ouviriam tudo o que tenho para dizer, que aceitariam minha opinião e que até a solicitariam, mas tenho nojo de viver aqui e de dar tanto trabalho e ser tão dependente de tais pessoas, tenho vergonha de mim mesma em todos os aspectos e não queria estar escrevendo/pensando nada disso.
Os limites das pessoas deveriam sempre ser respeitados e eu me pergunto se consigo fazer isso. Será que eu sou tão má companhia assim? Será que tenho que mudar tudo que acredito e desacredito, começar do zero e ver no que errei pra ter tanta gente sem noção perto de mim? Juro que penso estar no lugar errado, na hora errada todo o tempo!
A questão aqui não é ser culpa de um ou de outro, e sim da minha incapacidade de decifrar o que está acontecendo dentro da minha cabeça e dentro da cabeça das pessoas que me cercam.
Enfim, espero que nada disso jamais me faça desistir dos propósitos que já tracei para uma vida toda, que não volte atrás com minhas ideologias e muito menos reivindique meus gostos e manias! Essa pessoa insuportável, sem lugar, engraçada e demasiadamente tonta por tentar passar pra frente o que aprende sou eu e tenho a certeza de que lutarei para continuar sendo até o fim de minha vida!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Não caibo dentro de mim.

Como qualquer pessoa, eu também tenho um sonho. E esse sonho, desde pequena foi estar mais perto da natureza do que que das pessoas, acho que porque, desde pequena também, aprendi que não vale a pena estar perto da maioria dos seres humanos. Depois, com meu amadurecimento, percebi que o ideal pra mim era fazer Ciências Biológicas, estar perto do répteis de preferência, que são os animais mais fascinantes da Terra, pra poder estuda-los e não teme-los como a maioria. Sempre foi uma matéria que me dei bem, que me dá prazer de estudar e explorar...
Mas agora estou aqui completamente triste comigo mesma, estou muito triste por saber que meus sonhos são maiores que eu, maiores que minha capacidade e principalmente muito maiores do que as pessoas pensam de mim. Queria me contentar com qualquer curso mais simples e popular, fazer uma faculdade particular mesmo já que tem algumas pessoas que gostariam de me ajudar principalmente financeiramente, ir pra qualquer lugar, morar com qualquer pessoa só pra ter um diploma mesmo e depois ir trabalhar num emprego que algum parente me arrumasse ou que fosse mais fácil. Mas não, eu sou a pessoa mais burra e iludida do Planeta: Eu amo estudar!!! Queria tanto ter uma cadeira me esperando dentro de uma Universidade Federal, ninguém imagina... Queria trabalhar pra me manter em algum lugar, poder manter um cursinho, manter um relacionamento com a pessoa que eu amo, que pode não ser a pessoa que todos esperavam que eu amasse, que todos acham uma coisa de adolescente... Quem sabe não é? Eu sei.
Por que todos tem medo do mundo “lá fora”? O que tem de tão ruim em trabalhar e manter os sonhos acordados dentro de nós? Por que as pessoas tem que tentar proteger umas às outras sem deixa-las quebrar a cara na primeira escolha errada? Não estou sendo mal agradecida, só estou tentando fugir de mim, porque a cada decepção meu sonho morre um pouquinho mais e todo mundo desacredita de mim, colocam tudo na mão de um deus que eu nem nunca vi e me jogam pra escanteio como se não fosse capaz!!!!!!!! Eu não sou sobrenatural, sou de carne e osso e tenho muito mais chance de fazer alguma coisa por alguém, principalmente praqueles que não sabem falar e que são despejados, maltratados, oferecidos em jantares e almoços e humilhados todos os dias... Eu poderia fazer muito mais pelos animais de todas as espécies...
Lamentarei o resto da vida por uma coisa: Meu avô. Ele me deixou aqui nesse mundo horrível, no qual eu posso fazer a diferença e posso melhorar, sem estrutura nenhuma, me ensinou tudo mas não deu tempo de conferir se eu estou colocando em prática direito. E pelo jeito não estou.
“A gente não ajuda quem não quer ser ajudado”, usam essa frase como desculpa pra não dar uma esmola pra um mendigo na rua, mas fazem de tudo pra colocar coisas que não queremos em nossas cabeças. Eu quero ser ajudada, mas nos meus planos, não quero dar prejuízo pra ninguém, mas não tem como eu prever a porra do futuro pra saber se isso vai acontecer. E aí?? Agora estou aqui, numa cidade que eu odeio e sempre vou odiar, com pessoas que me fazer querer ser uma sociopata, um monopólio de comércio ridículo, com o ensino médio completo, alta concorrência no SISU, e completamente perdida.
Não me amarrem aqui, por favor, me deixem ser adulta por mais que o dinheiro que me mantenha não seja o meu, por mais que dependa de outras pessoas, se continuar assim nunca vou ter o meu né.
Desculpem-me pela impaciência, eu realmente estou me sentindo sozinha e desesperada. Eu realmente queria ser acomodada como 99,9% de toda a minha família, mas eu não consigo, para obter mudanças quanto a isso, me matem.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Como contar o que não é mentira

Embora muitas vezes a mentira seja o caminho rápido que temos, há sempre aquela hora em que se tem de dizer a verdade. Direi, que tudo que eu sei está guardado só pra mim e que ainda assim, mesmo sabendo de algumas verdades eu continuo me enganando se sendo enganada. Sabem, a vida dá algumas chances de escolha pra gente. Nós podemos escolher qualquer pessoa e fazer com que ela nos escolha, podemos ficar com uma pessoa durante décadas e depois simplesmente querer distância dela, nós podemos até deixar de amar e respeitar um companheiro.
Toda a vida eu sofri com o fato de sentir ciume demais das pessoas e nunca pensei que pudesse achar um motivo pra isso. Eu digo agora que é quase impossível ter uma relação de qualquer tipo com alguma pessoa sem que a mesma me machuque. Só queria deixar de ter medo de dizer algumas coisas, e certifico-lhes, nunca direi!
Mesmo com 17 anos vividos, com quase nada aproveitado e com rancores que sempre perdurarão, a vontade de permanecer em vida é menos da mínima, quando se sabe que pode ser trocado a qualquer momento, quando você começa a confiar de verdade em uma pessoa e se decepciona.. e eu sempre me decepciono. O lado bom é que com tudo isso, vamos aprendendo a desgostar das pessoas, a deixa-las pra lá, parar de atender telefonemas debaixo do chuveiro e acordar no susto pra não deixar ninguém esperando por uma resposta no chat.
A arte de ser trouxa, totalmente dominada por mim, é o motivo d'eu estar, agora, chorando por situações que eu nem conheceria se não fosse, então, tão trouxa.
Agora é sofrer tudo de uma vez... Desculpa mundo, desculpa todo mundo, mas a dor que eu sinto pelos últimos acontecidos é imensurável.
Sempre acho que me comprometo rápido demais, eu nunca quero dizer o que eu realmente digo, eu sempre machuco as pessoas e elas nunca, nunca vão precisar só de mim pra viver. Sabe, se eu tivesse uma pessoa, uma única pessoa do meu lado, podendo o mundo acabar agora, a mesma seria a minha vida, e de certo eu faria tudo por ela. Mas diga-me, por que não se pode esquecer do passado? Por que eu tenho que conhecer pessoas tão diferentes e me agarrar nelas com tanta facilidade? Nunca entenderei como eu consigo ser tão burra!!!
Como disse, já não é contável o tamanho da dor que estou sentindo por minha vida está realmente tão ruim. A culpa não é de ninguém se não minha. Eu não sei dividir, eu não sei querer compartilhar, não sei mais confiar em quem eu preciso e tenho medo de nunca ter sabido amar.
Mais uma fez, agora em desfecho, peço desculpas por todo o drama de uma vida boa e mal aproveitada. Eu apenas.. nunca direi a verdade!


Giulia de Lima Costa
24/03/2014
22:23

quarta-feira, 5 de março de 2014

Ingratidão minha.

Tem coisas que não queremos ouvir e continuam falando. Tem imagens que não queremos rever e continuamos a procurar, tem livros que já decoramos a história e não paramos de ler. E assim, nesse fluxo desordenado de ordens sem pé nem cabeça, nesse repete repete de burrices e desilusões a gente continua confiando nas pessoas mesmo sabendo que vamos nos arrepender, mas é justamente isso que deve ser feito. As chances tem de ser dadas. Nem sempre, quase nunca, temos aqueles que realmente queremos, sempre tem um defeito ou outro que nos fazem ver que as coisas poderiam ser melhores, mas faz o quê, é o melhor de nós mesmos.
Já se tornou monótono e desacreditável o desejo que sinto de ser outra, de ter outro corpo e cabelo e de sonhar com outro lugar. As pessoas já não ligam mais, já não mais vida. Hoje, hoje é um dia de lembrar tudo aquilo que me machuca e me arranca uma lágrima todos os demais dias, aqueles em que eu lembro de palavras que não queria ouvir, de imagens que eu não quero mais ver e de livros que já estão velhos na prateleira... Essas repassagens acabam comigo a cada minuto que se passa. “Eu não precisava saber disso”, será que é pedir demais? Deve ser.

Sou uma pessoa muito incomodável e que incomoda muito, nunca tive, digo com clareza, amigos nesse inferno de lugar, as pessoas não acreditam, parece, quando digo que tudo aqui está errado, as percepções, são todas elas erradas, mas quem sou eu pra saber se é isso mesmo? Não passo de mais uma chata e nada bonita garota desse inferno de chamam de cidade e desses demônios burros que chamam de pessoas. O mundo que se foda, estou cansada é de mim mesma.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ajuda, pensar.

E as vezes, quando as coisas dão entender que não vão piorar, tudo que você viu que dava certo, se desfaz como um castelinho de areia. E o pior de tudo é que sempre passa o entender de que se vitimiza(sic) para ter por perto aqueles que não querem estar aqui e de repente descobre-se que o que se queria era estar completamente só desses problemas todos.
Nós nunca nos preparamos para que alguma coisa ruim possa acontecer depois de um certo tempo e quando isso acontece percebemos a falta de estrutura que sempre tivemos.
Digo nada com nada quando é isso que se passa em minha cabeça, tudo que eu quero é ter por perto as pessoas que julgo gostarem de mim, mas mesmo assim, mesmo quando eu peço, quando eu me faço de boba para conseguir um pouco mais de atenção, eles se afastam, se mantém no desdém de serem felizes e achar que tudo não passa de um exagero.
Direi a verdade, nunca passei um começo de ano tão ruim quanto esse de 2014. Parece que nada para em minha cabeça, não consigo me concentrar em nada nem dizer o que eu realmente quero que as pessoas saibam. É triste estar sozinha no meio de tanta gente, é ruim ver que existem pessoas se culpando pelo que eu estou sentindo, quando na verdade não existe culpa, as coisas não acontecem por causa dessas pessoas, as coisas acontecem porque são consequência de outras coisas que já se passaram, que foram mal ou bem plantadas, aí sim, a plantação sempre é culpa de alguém, de uma circunstância.

Mas realmente, o que eu quero dizer é que ninguém pode ter culpa de nada, é só a natureza fazendo o seu trabalho de oxidação do ser humano que já não vive. Minhas desculpas àqueles que se acham culpados, meu sorriso àqueles que estão aqui do meu lado, mesmo não estando aqui do meu lado. Eu nunca pensei que passaria por um momento tão difícil, nem nos meus piores pesadelos, mas fazer o que? Está acontecendo.


Giulia M de Lima Costa
31/01/14
14:59


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Perdendo os poderes

É ruim saber que nem sempre nós seremos tudo que as pessoas precisam. Esse é um sentimento que não sai dos meus pensamentos há tempos. Desde quando nasci, fui criada em meio a pessoas muito amorosas e que cuidaram e cuidam muito bem de mim, mas junto a isso, tiveram as mentiras, falsidades, histórias, brigas, perdas.. E então eu, como a esponja que sempre fui absorvi tudo o que aconteceu e hoje não é diferente.
Aprendi a ser quem eu sou com muita personalidade, não mudo meu jeito por nada nem ninguém e esse pode ser também meu pior defeito. O que eu quero dizer é simples, aliás, só quero um lugar pra dizer, mesmo que palavras vazias e sem conexão.                
Gosto de amar as pessoas, realmente me sinto bem por fazer algumas pessoas felizes, mas ao mesmo tempo eu sinto como se não tivesse confiança em ninguém, como se quisesse que todos precisassem só de mim. Ciúme e insegurança. Eu as odeio tanto! Pois bem, estou passando por um momento delicado, não só eu como todos na minha casa, meus medos bobos agora, não me assustam mais; chego até a dormir com as cortinas abertas sem medo do que possa estar no escuro. Nunca há nada no escuro. E isso me desconforta. Desconforta porque por vezes e vezes eu desejo o meu mal e desejo que ninguém nunca tivesse me conhecido, ou então que possam me esquecer, pelo simples fato de ter medo de decepcionar as pessoas ou então de que elas me decepcionem. Eu odeio decepções.
Há uns anos que me sinto assim, diria que bem uns 6 anos, quando todos pensaram que era só uma fase boba, de tristeza momentânea que obviamente passaria. É, as pessoas estavam erradas, eu acho. Nesses anos que se passaram, carreguei comigo uma angústia no peito que sempre me leva pros pensamentos que tinha aos 11 anos, pensamentos infantis talvez, mas que ainda fazer muito sentido. Já ouvi algo do tipo "se você não sente, não pode odiar" e me firmo nisso, muito mesmo. Penso que se afastasse todo mundo de mim seria mais fácil, porque assim eu não me machucaria, as pessoas não se machucariam e o melhor, eu não precisaria me despedir de ninguém. Mas infelizmente ou felizmente, eu preciso das pessoas que estão perto de mim, mesmo sentindo todos os dias que elas estão me traindo, que não querem (tanto quanto eu) estarem junto comigo, mesmo sabendo que não sou única em nada.
Direi então uma coisa: esse é um péssimo momento, de um ano que terão poucas boas recordações. Eu poderia aqui, fazer agradecimentos àquelas pessoas que fizeram valer a pena, mas é tão difícil, porque meu TOC, meu transtorno de solidão, não me deixa acreditar sequer, que elas lerão esse texto.
Quero falar de coisas ruins, quero passar a noite inteira chorando no meu quarto, no meu canto e imaginando milhões de coisas que podem sim estar acontecendo longe dos meus olhos, aproveitar também pra pensar no futuro muito próximo, como a noite de natal, da qual não tenho ideia de como será, pois não comemoro isso. Direi mais, estou em um péssimo momento, tudo que eu quero agora é o silêncio e o "estar sozinha", não quero prejudicar mais ninguém.
Queria ter pensamentos bons, eu juro que tentei, não me culpem, mas é difícil porque tanta coisa ruim acontece todos os dias... Me desculpem, sinceramente.
Usarei essa folha pra dizer tudo o que está me incomodando e que quero falar, mas por algum motivo não consigo dizer com a minha voz e sim com os meus sentimentos.
Começarei falando do começo.
1 - Retrospectiva de fatos e suas repercussões em minha cabeça: O ano começou mal, em janeiro, logo nos primeiros dias do mês (tenho como referência a semana seguinte do incêndio na boate Kiss) meu amado gato, que há mais de um ano estava comigo, desapareceu, depois de vir em casa e se despedir, gravemente machucado de todos nós. O Joey. Eu o amava tanto, ele sabia tanto das minhas dores no peito, sabia das minhas vontades mais escondidas, dos meus amores inventados, dos meus choros nas madrugadas frias, mas infelizmente, seu tempo comigo foi mínimo, e depois dessa tal semana, ele nunca mais apareceu.
2 - Em fevereiro, esse mês ficará marcado pra sempre na minha vida, bom, comecei um namoro que hoje já dura 10 meses e não tem tendência nenhuma de acabar. Conheci esse cara maravilhoso que pra minha poesia é o ponto final, como eu mesma o chamo, é o meu "amor lindo", que só me traz alegria e tranquilidade.. Me ajuda sempre que preciso e esteve presente nos momentos mais dolorosos que passei esse ano, mas confesso que tudo que me atrapalha, como disse nas primeiras linhas, é o ciúme e junto com esse, a insegurança de que sempre haverá alguém mais adequado do que eu, mas esforço-me o bastante e acredito em todas as suas palavras e expressões, então, acabo me acalmando, mas não o bastante pra não escrever um texto tão inútil e grande como este. Vou confessar, eu sou uma pessoa doente. Eu sei das coisas, posso saber que o seu celular está ligado, que eu sempre posso ligar e que o meu também está ligado e que ele liga, mas mesmo assim, mesmo com minha certeza mais profunda eu tenho medo de ligar e ele não atender. Eu sou burra, eu tenho medo, as vezes, quase sempre, eu não mereço ninguém.
3 - Depois disso, vem o momento que talvez seja o que acarretou todo o resto de tristeza que me pesa quase todos os dias. Em maio eu perdi minha melhor amiga, minha companheira de verdade, minha cachorrinha, a Hanna. Ela era a cadela mais linda do mundo inteiro, conversava com os olhos e com os latidos personalizados que fazia. Ah, minha linda, se eu pudesse voltar no tempo sabendo disso tudo, eu te protegeria da morte, te protegeria de pegar esse vírus idiota e te proibiria de sair de perto de mim, minha flor. Sabe, se eu ao menos acreditasse que você pode me ouvir, se eu tivesse a certeza de que você olha pra mim, eu te pediria desculpas e diria que morro de vergonha por não ter conseguido te salvar, de não ter forças o suficiente pra fazer com que você aguentasse e estivesse aqui até hoje. Minha grandona.
4 - Agora, o que está acontecendo. Meu mestre, pai, criador, senhor, amigo.. meu avô. Que sempre foi a melhor pessoa do mundo todo, que se não fosse sua bondade juntamente com minha avó, eu provavelmente não estaria aqui escrevendo esse monte de bobagem. Primeiro, eu tenho que agradecer, agora sim, aliás, tinha que dar minha vida e muito mais pra poder dizer o quanto eu amo meus avós. E agora ver o vô encima de uma cama, mal conseguindo levantar de novo e caindo no banheiro, tendo que pedir ajuda e se diminuir pros outros como ele mesmo diz, tendo melhoras e pioras quase ao mesmo tempo e fazendo com que todos nós pensemos no pior e no melhor e fiquemos com dúvidas e arrepios. Fazendo coisas desnecessárias, nos estressando e ao mesmo tempo fazendo que eu queira dar tudo que ele pede, fazer tudo que ele quer e ouvir todos os seus desaforos, porque eu tenho a certeza que ouvir isso tudo é melhor do que não poder ouvir mais a sua voz.
5 - Depois, um susto, agora do meu pai que arrumou uma doença rara e ficou muito debilitado. Mas o mesmo já está bem melhor, graças ao empenho no tratamento e força de vontade. Sabe, eu sempre fui meio distante do meu pai, bem, quando os pais se separam e um deles fica mais longe, as vezes o convívio é mais difícil até mesmo por causa da distância e tudo mais, mas eu posso dizer aqui, com sinceridade que eu sofri demais quando tive uma chance de o perder. E ainda hoje, fico preocupada demais e me sinto mal quando penso nisso, mas sei que tudo ficará bem com ele e que um dia eu poderei dizer mais do que está nesse texto pra ele, e mostrar que apesar dos pesares eu o amo demais também e faço qualquer coisa para o ver bem.
É, esses são os fatos que marcaram o meu 2013 e que com certeza não sairão de mim tão cedo, mas eu tento pensar positivo e continuar andando pra frente, pra que ninguém perceba que eu olho demais pra trás, que eu talvez precise de tudo o que está guardado.
A verdade é que eu não consigo lidar com incertezas e é o que mais tem na vida, afinal, a gente nunca sabe o que pode acontecer  daqui 1 segundo.
Tenho medo de ficar sozinha, as vezes.. Essa seria uma boa carta de despedida.
Quem sabe eu esteja me despedindo desse ano de 2013 que daqui uns dias deixará de existir pra sempre, e com ele, que por favor, vá toda a minha insegurança e falta de senso.
Agora, eu continuo aqui, chorando como uma criança da qual foi tirado um doce, a força. Nessa noite de incertezas..
Obrigada!


Giulia Marla de Lima Costa
19/12/13
23:24h
Editado - 23/12/2013
13:05h

sábado, 23 de novembro de 2013

Outras perguntam: "por que não?"

"Até porque não acredito no que é dito, no que é visto...". Se tem uma coisa que me incomoda é a falta de confiança. Em seguida, a falta de satisfação. Criei um defeito vicioso horrível que agora só me faz sofrer na maioria das circunstâncias; não sei nem se posso chamar de ciúme.
Um desejo de possessão que sinto por alguns, incumbido de me encher de paranoias e maus pensamentos. Que merda!
 Tudo hoje parece distante daquilo que posso tocar, que posso cheirar ou até mesmo enxergar. As coisas só apertam e ficam mais difíceis enquanto os dias passam rapidamente lentos. Não sei o que pode estar acontecendo ou se realmente há algo acontecendo, mas os sentimentos parecem sempre os mesmos, sempre tentando me afogar, sejam eles bons ou ruins, os tomo em doses cavalares. Agora, me pergunto cegamente o porquê de tudo isso. O fazer-se necessário, o ter que autoafirmar-se, achei que nunca precisaria disso!
As vezes penso que poderia estampar um sorriso na cara todos os dias e só demonstrar para as pessoas aquilo que as deixa bem, mas é bem mais difícil do que parece. Já pensei e fiz muitas vezes esse tipo de coisa. Mas a sensação é de sempre estar escondendo alguma coisa das pessoas que deveriam saber, não é nada legal, mas diria que necessário.
Se pudesse me expressar toda vez que sinto raiva, dor, medo, ciúme.. Se tivesse a porra da coragem de dizer tudo aquilo que me incomoda imensamente, que me machuca e sempre cicatriza com o tempo, eu não precisaria escrever palavras estúpidas num lugar inapropriado para que pareçam indiretas àqueles que deveriam saber e decifrar cada palavra desse murmúrio. Se todos soubessem o que eu ao menos penso, se soubessem que eu sei das coisas, que eu me finjo de idiota e depois vejo as mesmas escapando das bocas, dos olhares e das eternas "caras-de-pau" que me rodeiam. O que será que aconteceu com todo mundo?? O que foi daqueles que sempre provaram seus amores, e afirmaram seus sentimentos??
Tenho medo de palavras bonitas. Sinto dúvida no que sentir.
Todos os dias, banhada em indecisões e dúvidas, em certezas e medos que me condenam a nunca confiar, a sequer acreditar naquilo e naqueles que estão estampados na minha cara, que não sabem dizer a verdade nem tampouco mentir. O que será que acontece? Quando?  Eu quero meu eu de volta, quero sentir o que estou sentindo e não mostrar o deveria estar. No lugar. "O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia". Não praqueles (sic) que falam, não praqueles que mentem. Eu diria, eu afirmo, sinto cheiro de gente que não presta, sei de onde vêm todas as minhas dúvidas... Eu sei que posso saber muito mais, mas prefiro deixar como está.
Prefiro, eu, ficar quieta no meu canto lamentando coisas bobas que ninguém jamais entenderá. E àqueles que participam da história: Que se fodam.




Giulia de Lima Costa
24/11/2013
00:35